Crônicas de Inverno
Ela acordou de sobressalto e olhou para o lado: 07h15. Se assustou pois estava perdendo hora para o trabalho. Nesses segundos quase eternos, lembrou -se que estava de férias. Aliviada, mas ao mesmo tempo raivosa por ter despertado cedo e abruptamente. Isso gerou aquela pontada do lado esquerdo que só com 20 gotas de seu conhecido remédio iam lhe salvar o dia. O jeito foi levantar-se e programar-se. "Vou tomar café na rua". Foi até sua cafeteria favorita lamentando fazer seu trajeto de carro. "Podia ser mais perto, por que não tem metrô, por que não sei andar de bicicleta"? Entre duas músicas chega a seu destino, mas não sem antes reclamar das músicas. "Essa rádio já foi melhor". Era cedo, vésperas de feriado e eram férias, cafeteria vazia pode escolher seu lugar: canto. Pede seu desjejum e inicia a leitura do jornal disponível aos clientes. É interrompida na segunda página e deseja que aquele momento fosse eternizado: café amargo quente e pão crocant